Raphael Kirchner. Talvez tenha sido este o "avô" da arte de criar pin-ups para revistas cujos trabalhos começaram a surgir publicados na revista parisiense La Vie Parisienne.
Kirchner, nascido em 1876 em Viena, começou por fazer retratos para Novos Ricos e pessoas "da moda" (chamam-lhes agora as "socialités", ou coisa que o valha, certo?), até que se mudou para Paris em 1900, onde começou a trabalhar para a La Vie Parisienne. Os seus trabalhos caracterizavam-se por imagens de mulheres nuas ou vestidas de forma provocativa, sempre com uma pitada de humor. A maioria destas imagens retratavam as mais excitantes e glamourosas cenas da vida nocturna parisiense. Em baixo "Les Joueuses".
Com o debelar da 1ª Guerra Mundial, Kirchner mudou-se para os Estados Unidos onde permaneceu até ao final da sua vida, em 1917, continuando a desenhar mulheres, embora com num estilo diferente. Estas são agora mais directas e apelativas para o militar entrincheirado, não uma efémera beldade da vida citadina. As suas mulheres eram inclusive as mais presentes na trincheiras da guerra.
Num jornal de trincheira, o Kemmel Times, escrevia-se, a 3 de Julho de 1916 por Gilbert Frankau, um poema de lamento (The Nuts of the Old Brigade) pela perda de uma companhia:
"Oh where is is Bob of the big moustache?
An alien adjutant shoots
For the Major-man that I used to know
With his Kirchner ladies all in a row
And his seventeen pairs of boots"
0 bailaricos:
Enviar um comentário