Arte feminina

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Ana Braga, Inês Moura e Susana Pedrosa
são as três jovens artistas vencedores do Prémio BES Revelação 2009.

BES Revelação é uma iniciativa conjunta do Banco Espírito Santo e da Fundação de Serralves, que visa incentivar a produção e criação artística de jovens talentos portugueses, cujos trabalhos se desenvolvem na área da fotografia.

OS trabalhos das meninas serão financiados de forma a serem apresentados no Museu de Serralves.

As vencedoras:
Susana Pedrosa (Coimbra, 1983) desenvolveu um projecto que comunica com as experiências linguísticas e conceptuais das décadas de 60 e 70. Licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, Susana Pedrosa recorreu a agendas e calendários para, através da fotografia, descrever a passagem do tempo.

Ana Braga (Porto, 1986) recorre, no seu projecto, à ampliação de imagens de arquivo, entre as quais se destacam os detalhes de vegetação, para subverter as capacidades narrativas da projecção de diapositivos.

Inês Moura, por seu turno, desenvolve trabalho nas áreas de desenho, fotografia e instalação, entre as quais procura estabelecer um diálogo interdisciplinar.

noticia da agência Lusa


Parabéns as meninas e venham lá os projectos!


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Electro pop Gadget Girl


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É um facto que temos andado cheias trabalho, que aliada á enorme velocidade de desenvolvimento tecnológico acabam por resultar em constatações como esta...

Descobri há pouco tempo um instrumento, (?? talvez), musical digital, japonês de seu nome TENORI-ON.
Uma matriz quadrada de apenas 16 x 16 que produz música através de 256 leds.
A intenção é que a música seja produzida de forma intuitiva, bastando aprender a lógica dos sons que ele emite, o que é deveras interessante!
Mas não é tudo!
A medida que se seleccionam os sons e se cria a música, um efeito visual transparece dos dois lados , com a possibilidade de criar 1536 sons.
Melhor mesmo é ver a demonstração:

Muitas bandas já o implementaram como instrumento regular, John Herndon dos Tortoise, The Books, Battles, Mouse on Mars, Four Tet, Bjork, Jim O’rourke entre tantos.

É o caso da menina Victoria Hesketh (aka Little Boots), inglesinha de 23 anos,a nova “sensação” do synth-pop.

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Apesar de não ser propriamente o que ouça todos os dias, a moça fez-me dedicar-lhe este post pelo facto de usar de forma tão simpática o TENORI ON.




"Stuck on repeat"
foi produzida pelo Joe Goddard dos Hot Chip.


NA MTV e aqui.



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...

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Te Haré Invencible Con Mi Derrota

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Os planos de ir até ao FMM saíram gorados.
Compromissos profissionais (soa tão cota dizer isto desta maneira..) obrigaram-nos a ficar por terra e como tal vimo-nos obrigados a procurar novo programinha de fim-de-semana.

Tivemos sorte. O CITEMOR começa hoje e a programação promete.
De hoje a Domingo apresenta-se no Teatro Esther de Carvalho, lindo por sinal, Angélica Liddell, com o espectáculo Te Haré Invencible Con Mi Derrota.

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Jacqueline Du Pré (26/01/1945 - 19/10/1987) foi uma violoncelista inglesa, ao que dizem, brilhante. Infelizmente, aos 28 anos deu sinais de esclerose múltipla e a sua carreira teve um fim muito mais cedo do que merecia.
Agora Angélica Lidell propõe-se a ir ao encontro dela, "falar com ela" e pedir que lhe explique "o pavoroso conflito encarnado em seu corpo entre a matéria e o espírito." Quer "falar de música com ela" e trabalhar a partir do que ela lhe írá dizer.
Angélica Lidell tem 42 anos, a mesma idade com que Jacqueline Du Pré morreu, e a saudade leva-a a procurar a "cumplicidade com os mortos" e a compreender porque continua viva, porque continua viva e Jacqueline não.

Alguém está interessado a dar um saltinho a Montemor-o-Velho?


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Julian Opie

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O trabalho de Julian Opie é peculiar, e claramente reconhecido sempre que nos deparamos com imagens como esta:

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Reconhecem certo? A mítica capa do "Best Of" dos Britânicos Blur.

Julian salienta que encontra inspiração nas imagens que dominam o quotidiano, sendo fortemente influenciado por banda desenhada e jogos de computador. Cada imagem rapidamente se transforma numa escultura, pequeno filme de animação, capa de CD ou mesmo um postal. As suas obras pertence a um universo pop com um atento e forte impacto visual.

A criação de obras icónicas, partem sempre dessa linguagem visual marcadamente urbana.
Possui uma série dedicada a mulheres e é essa que venho mostrar:





Sobre o seu trabalho refere:
“The first drawings were very simple, but that gave me a language on which to build. They started as black and white, with very pared-down parameters -the mouth was just a straight line and so on- and bit by bit I adjusted it until it seemed like the right balance between someone real and this generic form.” from Julian Opie (J.O.), Tate Gallery publication, 2004





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Mariana Ricardo

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Após quatro anos de existência, muito profícua por sinal, a Merzbau decidiu fechar portas. Felizmente não se deve a dificuldades de uma netlabel no seio de tantas outras, mas simplesmente porque Tiago Sousa sentiu que este é o momento para se dedicar em exclusivo à sua actividade a solo como músico.
Diz Tiago Sousa: "Todos os motivos para sentir o orgulho por, de algum modo, termos feito uma diferença no panorama musical. Com uma aposta sincera e espontânea em todos os artistas que editámos, sem nunca esperar protagonismo fácil, convicto de que é possível uma atitude diferente de aposta na qualidade dos nossos pares. Restará de agora em diante o espólio, para memória futura."

Mas esta não é a notícia. O fim da Merzbau já há muito tinha sido anunciado. A notícia é sim a chegada da última edição da Merzbau no passado dia 20 de Julho. A última edição é de Mariana Ricardo!!
Pinhead Society diz-vos algo? Aos trintões garajeiros do rock dirá certamente.
É assim com "Chave de Ouro" que a Merzbau cessa a sua actividade.

Actualmente, Mariana Ricardo "está mais ligada agora ao mundo do cinema independente, onde, de entre o trabalho desenvolvido na composição de temas para bandas sonoras, se destaca de forma mais significativa o filme Aquele Querido Mês de Agosto onde colabora com Miguel Gomes na escrita do argumento."

Lança agora o EP Across the Way Going que "marca uma das primeiras apresentações dos temas que tem composto em nome próprio, e que terão ficado de fora do trabalho acima citado.
Revisitados numa actuação em formato trio (composto por mini-bateria, baixo eléctrico e ukelele) e que tomou lugar em Junho de 2008, na primeira parte do concerto de lançamento de The Western Lands de Tiago Sousa. As 8 canções aqui presentes parecem de algum modo revisitar, na sua forma, a clássica construção pop que os Pinhead Society tão bem exploravam e cuja arte Mariana tão bem pratica. Canções deliciosamente old-fashion cuja espontaneidade, e um certo sentido naive e inconsequente, reservam o que de mais valioso pode acontecer na música."

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O download pode ser feito aqui. tudo grátis!

Fiquem para já com Mariana Ricardo ao vivo no maxime, em 2008.





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chill out

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Ritmos dançáveis, melodias atentas e graciosas, encontram-se em pleno no cocktail lounge servido pelos Combustible Edison, banda de Providence, que existiu durante os anos 90.


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Em 1992, the Millionaire escreveu T
he Tiki Wonder Hour, uma explosão de duas horas em forma de cabaret com 14 elementos e deu-lhe o longo e pomposo nome The Combustible Edison Heliotropic Oriental Mambo and Foxtrot Orchestra. Depois de dois álbuns gravados e uma redução de elementos, lançaram em formato demo This Is Combustible Edison, e assim perdurou o nome. A banda integra-se no movimento easy-listening, bem conseguido com a voz de Miss Lily Banquette, proporcionam um excelente momento de chill out...



E muitos parabéns a menina que dança tão bem hoje!


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e porque sim

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Vídeo do dia




Bom Dia


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Rebeldes A Go Go

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OS lendários Los Rockin Devil’s existiram durante quase 40 anos, banda criada no início da Revolução do Rock Mexicano.

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Com as suas melodias e baladas fortes e cheias de vigor, aparecem como uma das preferidas do tempo das bandas a iniciar com Los….., recentemente viveu-se o revivalismo do mesmo com as bandas The….

# Los Salvajes
# Los Americans
# Los Freddy's
# Los Blue Caps
# Los Johnny Jets
# Los Loud Jets
# Los Babys
# Los Yaki
# Los Ovnis
# Los Moonlights
# Los Rebeldes del Rock

entre tantas más….

A história da introdução do rock and roll Mexicano possui um significado peculiar, ilustrada com as traduções de músicas em inglês para a língua local, foram êxitos garantidos nas massas jovens.
Foi através das diversas demonstrações de protesto politico que os ídolos do rock se tornaram em ícones adoptados para os protestos de rua, comum no final da década de 60 e inicio dos anos 70.
Dá-se a instituição do rock como símbolo máximo do movimento de contra cultura, revoluções dos jovens contra os regimes burocraticos e turbulentos existentes na altura.

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Os Rockin Devils foram dos primeiros a usar a líricas como arma da revolução mexicana, e das primeiras também a ter como membro uma señorita, BLANCA ESTRADA,que ajudou e melhorou a imagem do grupo e conquistava os fãs de Tijuana.

disfruta la música... Rocanrol!!!







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Oyster Dreams

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A italiana Beatrice Morabito aliou o prazer de fotografar com a vontade de representar emoções, desejos, prazeres e sentimentos através de bonecas!

A dificuldade é mesmo essa, criar todas as expressões em seres inanimados, uma boneca não esboça um sorriso, nem consegue chorar ou mudar a posição do seu corpo(pelo menos por enquanto), mas ela consegue-o, usando objectos, modelando as bonecas e quando atinge o seu objectivo, regista-o em retrato!

é esta a sua arte:




Expõe em Milão de forma permanente, mas as suas meninas já circulam em várias galerias.
O trabalho pode ser apreciado no site da mesma, algumas imagens não poderei colocar aqui…

hummm





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conservadorismos

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No início de Junho, Terry Urban, preparava-se para lançar a sua última mixtape, Southerngold, que mistura o último album de Santigold - não SantOgold - com vários rappers Sulistas Americanos.
Infelizmente há última da hora a editora de Santigold, a Downtown Records, desistiu do projecto e proibiu o seu lançamento.

Felizmente, existe a internet e como tal pouco ou nada impediu que Southerngold circulasse por aí e foi o próprio Terry Urban que fez o upload. No site The Press Play Show, o dj mostra o seu descontentamento e expõe os seus motivos para o lançamento da mixtape à revelia.
A própria Santigold apoia o projecto e afirmou que gostaria que a mixtape foi lançada.
Assim sendo, ela anda por aí. A mixtape.. não a Santigold.

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A tracklist é a seguinte:






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Regresso/Retour

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É o meu e dos Vive La Fête, e como sabe bem regressar assim…

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É um prazer escorrer algumas palavras sobre o Disc D’or e maior ainda dos seus criadores,Vive La Fête, que para quem não conheça, é um duo electropop belga, formado “ por quem anda com dEUS”, Danny Mommens (guitarra e voz) e Els Pynoo (voz).

ELES:
São naturalmente providos de um carisma electrizante, atitude rocker, pop erótico em francês, ora sussurrado, ora gritado pela estonteante e “chique a valer”, Els Pynoo.

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O clima fashion e de glamour recebe rasgados elogios do mundo da moda, tendo como fã Mister Karl Lagerfeld, que o confirma.


Disc D'or:
Continua a pertencer ao mundo electropop, marcado pela chanson française, juntando ás bases electrónicas a influência rock nos riffs de guitarras,”Amour Physique” e Je Ne Pourrais Pas” são exemplares que denotam muito bem a nítida melancolia synth pop dos Anos 80,revelada como maior influência.
Andam em performance de apresentação do disco, e o primeiro single:



e não resisto em recuperar as tão badaladas:







A fusão rock electro continua salva….

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Chega de lero lero!

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O nosso País é pequenino e ainda assim eu adoraria concentrá-lo no meu mundo. Não por uma questão de egocentrismo, mas porque num mesmo fim-de-semana não consigo ir de Coimbra a Guimarães, descer a Lisboa, voltar a Guimarães, ir para o Porto e estar em Coimbra na segunda para trabalhar. E tudo isto fresquinha como uma alface!

Eu queria porque queria estar no Musicbox este dia 18 para ver e ouvir Lei Di Dai.
E já agora dançar. q.b.
A Rainha Brasileira do DanceHall passa amanhã por Setúbal, depois pela FNAC do Cascais Shopping e termina a mini-tour portuguesa com um live act no Musicbox.

O Dancehall, mais conhecido por Ragga, é a versão dançável do Reggae.
É deste género musical que parte La Di Dai, mas não se fica por aqui.
Percorre também os caminhos da soul, do funk, do dub e do groove.
E tudo isto cantado em brasileiro. Que delícia!

Na impossibilidade de correr o país de lés-a-lés em tão curto espaço de tempo,
resta consolar-me com o maispeixe e o iutubio.
Lei Di Dai esteve também no Festival Mestiço, na Casa da Música, no início de Julho, mas nesse fim-de-semana a escolha recaiu sobre os 15 anos da ZDB.
Este vídeo é um cheirinho da sua performance por terras de tripreiros.



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Talk Normal

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As Talk Normal são um duo feminino de Brooklyn, Nova York.
Andrya Ambro, baterista/vocalista, e Sarah Regsiter, guitarrista/vozes,
não são uma novidade, mas fazem bem o seu trabalho.

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Têm um EP, Secret Cog; um álbum ao vivo limitado a 20 exemplares, Prata Normalt;
uma cassete, Night-People; e uma Demo.
No final de 2008 ainda procuravam um terceiro membro para a banda com o seguinte perfil:
"Seeking someone who loves to generate "noise" via non-traditional machines or using traditional
machines in a non-traditional manner. Props and odd objects acceptable. Good rhythm is a must.
Ability to engage in the minimal is a must. Playing a woodwind instrument in an avant fashion is
appreciated... or rather the desire to play a woodwind instrument in an avant fashion is more
important."
Acho que esta é a melhor descrição do que fazem e do que pretendem fazer de futuro.

Para já fiquem com Lemonade ao vivo na Knitting Factory.


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cor, cor e mais color

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Alguns fotógrafos de moda desenvolvem trabalhos tão fabulosos que é dificil não reparar neles.
Pelo menos para as mulheres, mais dadas à revista ELLE do que ao Record.
No meu caso é frequente descair-me para fotografias com um cheirinho de surrealismo e que demonstram um cuidado extremo com as cores, as texturas e as sombras.

Robert Jaso é um desses fotógrafos.
Rodeou-se dos melhores estilitas, dos melhores modelos fotográficos, dos melhores cabeleireiros e dos melhores maquilhadores e deu aso à sua imaginação.
Como já foi modelo sabe do que estes profissionais são capazes e não hesita em levá-los ao limite das suas possibilidades para que tudo saia perfeito.



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waky, waky, rise and shine

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Não sou grande fan de Los Campesinos!, mas nunca recuso uma música que me faça dançar, saltar ou até estupidificar.
A música escolhida pela Super Bock para um dos seus mais recentes spots publicitários é uma das que tem esse efeito em mim. Sou capaz de estar horas com a televisão ligada sem lhe prestar atenção absolutamente nenhuma, mas quando o anúncio começa ............. fico como os bebés: páro o que estou a fazer, levanto a orelha, o olhar vai directo à TV, e o ombrinho dá logo de si.
Gosto da combinação das duas vozes, masculina e feminina, e o ritmo transmite-me boa energia.

A música, Death to Los Campesinos!, faz parte do primeiro álbum Hold on Now, Youngster..., lançado em Fevereiro de 2008.
Têm um segundo álbum, We Are Beautiful, We Are Doomed, lançado no final do mesmo ano e preparam já o terceiro.

Fiquem então com Death to Los Campesinos!, em jeito de Bom Dia!





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Poderios, Compadrios e outros Desvarios

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Diz Guilherme Pereira, jornalista, num artigo na CAIS:
"[...]Convém também não confundir as hordas pseudo-intelectuais que têm exercido o Poder com os verdadeiros detentores do Saber.[...]
Não consta que Sócrates ou Platão, Galileu, Egas Moniz, Camões, Einstein, Agostinho da Silva, Da Vinci, ou António Damásio tenham alguma vez sido ou exercido o Poder. Só temos a perder com isto."

Deturpando um pouco o contexto, transponho este pensamento para justificar o desinteresse das mulheres, em geral, pelos cargos de Poder.
Longe de mim querer afirmar que somos detentoras do Saber e ainda menos no contexto do artigo referido, mas estou perfeitamente confortável em afirmar que no mínimo gostamos de nos afastar dos Poderios e que aquilo que realmente nos move são os Compadrios, acreditando que existe um bom sentido do termo.

Diz ainda Guilherme Pereira: "Gedeão, poeta-sábio da nossa terra, em boa hora proclamou que "sempre que um homem sonha o mundo pula e avança.""
Querem lá ver que existe alguém mais sonhador do que a mulher!?


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The Birds Have Landed

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A tinta-da-china e os marcadores são o material de eleição de Lucy McLauchlan.
Considera que a utilização de tintas permanentes, impossíveis de apagar e corrigir, é uma mais-valia para o seu trabalho: “If I make a mistake I can’t remove it; often though, the accidental details become my favourite”

Lucy combina arte deco, com motivos psicadélicos e infantis de onde resultam obras delicadas, mas ainda assim com o seu quê de provocação.
O seu trabalho já correu mundo. Desde o Victoria and Albert Museum em Londres, à Ecletic Gallery em Tóquio, passando por murais ao melhor estilo street art.
O seu último trabalho foi aliás desenvolvido para o FAME Fest, em Itália, em que Lucy "adornou" uma antiga torre de electricidade, agora ocupada por pombos.

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"The birds have landed"

Fiquem também com um excerto de uma entrevista, disponível no seu site e com mais alguns trabalhos.

When did you first realise art was your thing? Were you always scribbling as a child?
I always had a pen in my hand. i think everyone should enjoy painting and drawing and not just during childhood.

You use permanent materials, eg Indian ink and marker pens - are you perpetually surrounded by scrunched up bits of drawings that have gone wrong?
Using permanent materials presents a challenge, the mistakes often turn into my favourite details within a piece.

How did you come to use marker pens etc?
I used marker pens as they were cheap and dried quickly, but attempting large scale work in such a medium caused me to suffer from chronic RSI. Fellow Brummie Will Barras suggested that I invest in some good quality paint brushes - which changed my entire working practice.

Describe your art in three words. If that’s impossible, I’ll take a sentence!
Improvised fluid mark-making.

What’s Beat 13?
Myself and Matt Watkins set up Beat13 in 1999 as a website to organise ourselves and friends in an independent manner. We created various projects, exhibitions, comics, screen-prints…all involving friends and acquaintances. Eventually we opened a gallery space in Birmingham.

Many of your prints are single colour/monochrome. Do you hate colour?
I enjoy concentrating on the line work, sometimes colour is distracting - i use it occasionally but find the tones already existing on the surfaces of the found objects i use more interesting.

What’s your favourite personal artwork?
The short film TACIT documents me creating an installation from the local debris dumped in Walsall. Matt Watkins and I made the soundtrack using techniques inspried by John Cage ’s chance music reflecting my own working process. You can watch it online.


The big names in street/urban art these days are overwhelmingly male - at least in the mainstream. Is it a macho environment? Why? Where are all the women?
It’s not a new situation for women to be disproportionately represented in the art world. New York’s Guerilla Girls produce poster art that hi-lights the situation.




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Estou de partida... em trabalho... volto em breve!


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CAIS 15 anos

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A CAIS faz 15 anos.
Gostaria que se falasse tanto disto como dos 15 anos da ZDB.
Eu sei, eu sei, não há comparação possível e à partida o benefício não é directo, pelo menos para nós, burguesinhos adictos da música.
Mas o que a nossa sociedade já ganhou com esta associação justifica, a meu ver, uma exposição maior das comemorações do seu aniversário.

Não conheço a origem do nome. CAIS. Nem sei se é mero acaso que seja um nome feminino, por natureza o sexo associado à compaixão, ao amor (sem fronteiras), ao voluntariado, à missão.
Se calhar sou só eu, dada a enaltecer estas coisas do feminino, que gosto de pensar assim.

A revista (não um pasquim, um jornal, um periódico, mas umA revistA) de Junho, e aqui perdoem-me o atraso, trouxe-nos 15 contos, de 15 autores, com 15 ilustrações, para celebrar os 15 anos da CAIS.
Esta colecção, que engloba textos de Mia Couto, Saramago, Lídia Jorge, Margarida Fonseca Santos, entre outros, está também disponível em formato livro e teve honras de apresentação na FNAC-Chiado também no mês de Junho.
Sugiro ainda assim que procurem o número 141 da revista, com certeza ainda irão a tempo. Caso contrário, falem comigo, o Sr. da Baixa Coimbrã, que vergonhosamente ainda não sei o nome, ainda tinha muitos para vender, infelizmente.



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Efemeridade?

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" Conversa entre mim e uma amiga (…):


— É sempre assim, esta auto-estrada?
— Assim, como?
— Deserta, magnífica, sem trânsito?
— É, é sempre assim.
— Todos os dias?
— Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
— Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
— Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
— E têm mais auto-estradas destas?
— Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma:
só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia,
nos acordos de Quioto, etc. — respondi, rindo-me.
— E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
— Porque assim não pagam portagem.
— E porque são quase todos espanhóis?
— Vêm trazer-nos comida.
— Mas vocês não têm agricultura?
— Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
— Mas para os espanhóis é?
— Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
— Mas porque não investem antes no comboio?
— Investimos, mas não resultou.
— Não resultou, como?
— Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
— Mas porquê?
— Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pêndula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante,há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
— E gastaram nisso uma fortuna?
— Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
— Estás a brincar comigo!
— Não, estou a falar a sério!
— E o que fizeram a esses incompetentes?
— Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
— Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
— Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km. Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
— Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
— Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente,
pára em Lisboa, em duas estações.
— Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
— Isso mesmo.
— E como entra em Lisboa?
— Por uma nova ponte que vão fazer.
— Uma ponte ferroviária?
— E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
— Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
— Pois é.
— E, então?
— Então, nada. São os especialistas que decidiram assim. Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
— E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
— Não, não vai ter.
— Não vai? Então, vai ser uma ruína!
— Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína — aliás, já admitida pelo Governo — porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
— E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
— Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
— E vocês não despedem o Governo? Claro que não Olha só se despede quando algum membro do governo faz CORNOS aos deputados da oposição ... tu falas de cornos no parlamento? sim claro foi no debate que o governo fez sobre a Nação o ministro da economia quando estava a falar para os deputados virou-se para os deputados da oposição e fez gestos com os dedos que revelava um par de cornos, aquilo parecia mas era em vez do nosso parlamento parecia o campo pequeno so faltava fazerem pegas de caras ....
Sabes quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
— Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
— Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
— O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
— A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
— Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
— É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
— E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
— O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
— Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
— É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
— Não me pareceu nada...
— Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás,estão a liquidar a TAP.
— Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
— Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa:
um sucesso garantido.
— E tu acreditas nisso?
— Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
— Um lago enorme! Extraordinário!
— Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
— Ena! Deve produzir energia para meio país!
— Praticamente zero.
— A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
— A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
— Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar — ou nem isso?
— Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
— Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
—Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor. Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
— Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
— Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
— Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém."


Miguel sousa Tavares no Expresso

Humm....



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