Pina Bausch

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A fresca de hoje não vem dar uma boa notícia mas fica a homenagem da senhora Bausch coreógrafa,dançarina, professora de dança e directora de ballet.

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A coreógrafa e bailarina alemã Pina Bausch, que morreu hoje aos 68 anos, marcou "uma profunda alteração da linguagem da dança", disse o coreógrafo Rui Horta, comovido, hoje, à agência Lusa.

Figura maior da dança moderna e contemporânea, Bausch foi uma criadora consagrada e uma das maiores coreógrafas do mundo,"Café Müller" é, provavelmente, a sua peça mais conhecida.

Participou no filme de Fellini "O Navio" (1982) e depois em" Fala com ela" de Pedro Almodóvar (2001) e estava a planear fazer um filme com Wim Wenders.

A recordar:




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Crystal, quê?

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Já repararam que estamos na era das Crystal bands? Uma distracçãozinha e lá aparece mais uma.
Ninguém saberá explicar este fenómeno, da mesma forma que ninguém soube explicar o fenómeno das The bands: The Killers, The Bug, The Boats, The National, The Portugals, The Mae Shi, yada yada yada.

Andava eu nas minhas incursões por sites de música e afins e lá vim a descobrir mais uma:
Crystal Fighters.
Os Crystal Fighters vêm aqui da nossa vizinha Espanha e são energia encarnada em banda: "We are Crystal Fighters. We make fast dance music with Basque instruments, synthesizers and our voices."
Cá por mim, só esta descrição já merece a nossa atenção.
Têm 3 mixtapes, Kitsune Radio Mix: Le Mouv, Que Vasco Eres? e Feast of Aurora; um EP, Xtatic Truth Remix (Kitsune, 2009) e umas quantas remixes.

Vai um pézinho de dança?



Voltando às Crystal bands, há-as para todos os gostos. Desde punk, folk, pop, metal, música de câmara, trash, down-tempo, house, country, ?cristão?... you name it.
Algumas dão mais que falar do que outras, como os Crystal Castles e a doidivanas da Alice Glass.
Outras vão fazendo sucesso aqui e ali como os Crystlas Stilts e os Crystals Antlers que têm andado nas bocas do mundo.

Outras simplesmente têm um nome demasiado horrível para que alguém se queira lembrar delas, como os Crystal Skulls, os Crystal Ball e os The Crystal Method (que, loucura das loucuras, conseguiram juntar um The e um Crystal no mesmo nome! Há seus doidos!).

Depois há aquelas que mais parecem bandas de covers como são os Crystal Roxx; e aquelas que nos permitem relaxar num final de tarde solarengo, como Crystal Voice e Crystal Noise. Crystal Voice é tal como o nome indica um jogo de vozes límpidas: ouça-se The Call of Atlantis; e Crystal Noise, ao contrário do que o nome indica, é Down-tempo e Ambiente.
Para quem tem uma paixãozinha por metal, apresento-vos os Crystal Viper.


Mais genuínas são as meninas que de facto se chamam Crystal e nada mais simples do que fazer uso do seu próprio nome.
A famigerada Crystal Gayle que partilha com Tom Waits uma das melhores bandas sonoras de que há memória:


Crystal Waters, uma das rainhas do House;
Crystal Cookie, com uma única música no myspace a que deu o nome de Crystal Cookie Lesson1. Um electro a ter em conta:


Crystal Rose, para quem gostar de country;
Crystal Lewis, para quem for religioso;
Crystal Shawanda, 20 aninhos também a fugir para o country;
... e provavelmente umas quantas mais.

Há ainda aqueles que têm sentido de humor, como os Crystal Pistol que conseguem ter uma música chamada Rockstar bem ao estilo Rock N'Roll anos 80.
Ou ainda os Crystal Abyss que no século XXI ainda mantêm aquelas pinturas góticas que eu pensava já extintas (mas vindos de Moscovo, se calhar não é assim tão estranho.)

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Foto: Crystal Abyss

E porque isto da imaginação não tem limites, apresento-vos também Crystal Aliens, que não é nada mais nada menos do que um pseudónimo criado por Naoki Maeda única e exclusivamente para lançar a música Sexy Planet. Aqui poderão ficar confusos: será que é para dançar ou é o Sonic The Hedgehog que chama por nós?



Ainda nesta onda da animação, o tema original da série de anime Fist of The North Star: Ai O Tori Modose, foi escrito pelos Crystal King já lá vão uns 25 aninhos.



Depois há aqueles que precisam de ganhar a vida. The Crystal Palace String Quartet têm formação musical e uma paixão por música de câmara.
E o que fazem eles? Dão um arzinho de sua graça em casamentos, civis ou religiosos; em todo o tipo de festas, mesmo as de empresas; e na TV.
O repertório é tudo o que se espera, desde o pop ao barroco, passando pelas covers, mas sempre com um toquezinho de Il Divo!!

E no meio de tanto Crystal não haverá repetições? Há pois! Temos os Crystal Lake vindos do Japão, uma banda de hardcore que rola já desde 2002, e os Crystal Lake de Israel que fazem juz às tradições do País e deambulam pela música de dança.

Descobri ainda os Crystal Understanding, que vai-se lá understand consideram que fazem música do género clássico... Acedam ao myspace e tentem perceber o que será para eles o género clássico. À parte esta nossa problemática da classificação os Crystal Understanding merecem alguma atenção.

Esta moda dos Crystal invade-nos de todos os lados e da Alemanha não é excepção. Os Crystal Age nasceram na era do dance music, influenciados pelo gótico, aqui e ali com uns vipes de Beethoven. Confusos? Também eu!

Por fim, deixo-vos com os Crystal (sim é apenas Crystal, sem mai nada), porque a única coisa de que precisamos para criar uma banda começada com Crystal é... iniciativa:





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Cocorosieland

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Não é fresquíssima mas merece destaque:

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As manas Bianca Leilani "Coco" e Sierra Rose "Rosie", Cocoroise, estão de volta com o lançamento de mais um EP, Coconuts, Plenty of Junk Food, curiosamente só estará disponível para venda nos concertos.

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O EP conta com cinco faixas e o que ouvi denota bem o seuestilo único, angelical ,com loops de batidas vintages, a sua música expressiva remete-nos para o despertar de sentidos, delicadamente.

Happy Eyes, ao amanhecer:







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whoo hoo whoo hooooo

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Fui a Tóquio e misturei rock dos anos 50, 60, 70 e 80, trouxe obviamente as The 5.6.7.8's,

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banda das irmãs Sachiko e Yoshiko ‘ronnie’ Fujiyama,compõem músicas próprias quer em inglês ou japonês, em termos de sonoridade engloba surf music, garage rock com atmosfera própria e regada de bom humor.


Tarantino convidou-as para tocar no seu Kill Bill 1, e ’whoo hoo’ (cover rockabilly de 1959), ficou conhecida mundialmente:











Excellent, quer dizer, 優れた!



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Kria Brekkan

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Kria Brekkan é islandesa. E a que é que os islandeses nos habituaram?
A vozes suaves, ao charme, à inocência, às paisagens oníricas.

Kria Brekkan não foge à regra.
Em tempos fez parte dos múm. Agora, a solo, irá lançar uma série de singles.
O primeiro já aí anda a rodar e chama-se Bee Xlaura.
Diz a própria acerca do mesmo: "A track I recorded in beginning of 2007, and has been lying around on tapes in Iceland since. My friend Orri Jónsson helped me record these and other tracks. Some are being put on 7" inches, of 2x A sides, and will gradually be released."

Aqui o têm:




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Família Scroggins

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Hoje vou de viagem até aos anos 80 relembrar uma pérola do meu baú: ESG, Emerald, Sapphire e Gold, de Bronx, Nova Iorque.
Irmãs e mãe revolucionaram a música de dança com batidas compassadas, uma explosão entre punk e funk tão eficaz que nos permite movimentos de dança sincronizados.
Uma delícia!

O seu minimalismo funk é apresentado com elementos básicos apenas a bateria e baixo.
Muitos foram os artistas que trabalharam a partir de samples das Senhoras Beastie Boys, Big Daddy Kane, Gang Starr, Tricky, Jay-Dee ,Unrest e Liars.

Editaram 4 discos dos quais o primeiro assinado pela Factory Records:
1983: Come Away with ESG
1991: ESG
2002: Step Off
2006: Keep on Moving

Em 2000 , a inglesa Soul Jazz Records edita a compilação “A South Bronx Story”

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composto por «Moody», «Dance» e «Erase You» de onde retiro a grande malha «You're No Good :



Em 2007 voltam com A South Bronx Story 2 - Collector's edition: Rarities, de volta ao activo depois de 20 anos.

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Apresento Nova-Iorque, anos 80 (versão século XXI) :





Elas ainda andam aí...



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Tiguana Bibles

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Num possível saloon de Coimbra, na primeira fila e sentada na cadeira com o número 1, preparava-me para de novo navegar no mundo criado pelos Tiguana Bibles ( que já apresentei num post anterior).

O pano vermelho caiu e o inicio deu-se com uma dose de notas deambulantes numa Intro instrumental que preparava a entrada da diva Tracy Vandal, que inundou o Teatro de sensualidade e glamour transportando-nos para um ambiente de requinte.

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Do desfile constou todo o EP de estreia “Child of the Moon”, entre versões slow e fast de algumas músicas e outras novas, foi num ápice (cerca de uma hora e meia) que, de forma apoteótica, um a um se despediam do público deliciado.

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Voltaram uma e outra vez, Tracy aquecia a voz com o seu whisky e docemente encantava o Teatro passeando a sua pose imponente e voz divinal.


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Consegui sorrateiramente registar alguns momentos, os melhores ficaram ali,quero mais, que venham mais....


Continuam em tournée, imperdível!



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Manear

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Como não poderia deixar de ser em noite de São João, ontem fomos manear para o Largo Marquês de Pombal em Coimbra. Por aqui ainda se mantêm as tradições das Fogueiras do São João.

Nas Fogueiras dos antigamentes "enfeitava-se o recinto, cravando-se ao centro um pinheiro ou mastro alto donde partiam festões de verdura para outros mastros em volta, ou para as paredes das casas próximas, tudo enfeitado com bandeiras e balões de papel. ao centro, geralmente num pequeno estrado ou palanque, ficavam os tocadores e em volta dançava a rapaziada, que as modas das Fogueiras são todas dançadas de roda...

Nas Fogueiras mais espontâneas e populares nada era preparado. Apenas se exigia que as pessoas soubessem cantar e obedecessem às ordens «berradas» pelo mandador. Sem mandador não havia Fogueira que prestasse. Ele é que indicava a coreografia e as «figuras» a executar: Roda à direita! Ao contrário, palmas! Mulheres dentro! E eu virei! Meia volta! Chegadinho! Tudo certo!

Havia mandadores famosos. Cada Fogueira competia com o seu. O mais conhecido de todos deve ter sido o António Calmeirão, sapateiro, cujos ditos pitorescos animavam dançadores e assistência e às vezes feriam os ouvidos mais delicados."


Ontem a história repetiu-se, mas no século XXI já ninguém exige que se saiba cantar e muito menos dançar.
Eram aos magotes à volta do coreto improvisado. Ora pisando-se uns aos outros, ora rindo a bandeiras despregadas pela falta de jeito e fraqueza de ouvido às ordens do mandador, ora ensinando os mais novos, ora emborcando um tintinho da Bairrada, ora uma sardinhita bem tostada, ora uma bifana bem engordurada...
é mesmo assim,
isto de Fogueiras de São João
leva gente até mais não
desde o grande e matulão
ao mais pequeno e maneirinho anão.

Deixo-vos com o grande hit das modinhas populares em Coimbra: O Maneio.
Ouçam e por favor maneiem, logo perceberão porque é o ex-libris das nossas noites de São João Coimbrãs.


MANEIO

(Popular)

Refrão

Ai, agora é que me eu maneio,

É que me eu maneio,

É que me eu rebolo.

Nos braços do meu amor,

Ai, agora é que me eu consolo.

Não te encostes à parreira,

Que a parreira deita pó.

Encosta-te à minha beira,

Sou solteiro e vivo só.

Refrão

Eu venho ali debaixo,

De regar o laranjal,

‘inda aqui trago uma folha

No laço do avental.

Refrão

Esta roda está parada,

Por falta de mandador,

Siga a roda p’ra diante,

Quem manda é o meu amor!

Refrão



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Chill Out

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Para um belo final de tarde...

Depois da agitação diária e da adrenalina a mil torna-se urgente um momento de relaxamento total, hoje, sugiro que seja ao som de Amiina, quarteto de cordas feminino, de origem islandesa.


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Eram convidadas dos concertos de Sigur Rós mas logo se tornaram independentes, a sua peculiaridade advém da utilização de diversos instrumentos: viola, violino, xilofone, harpa, sintetizadores, e até copos com água, campainhas e serrotes acompanham as meninas em palco.

Sentem-se e sigam a máxima do Rest/Relax:



A escolha vai para a música e não o vídeo em si


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Lides domésticas (like everyday)

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Recentes são as notícias do povo do Irão,constantes as problemáticas que por lá perduram, encontrei no livro Iranian Photography Now, Shadi Ghadirian, fotografa que revela uma nova estética no mundo contemporâneo.

A iraniana é muito crítica e é através de séries de imagens, que aborda o terror político de forma provocativa e pioneira:
Série Nil:






Por outro lado, de forma artisticamente sofisticada, na série Like Every Day, é explícita a mensagem da” liberdade” condicionada da mulher, partindo da sua experiência pessoal, a artista tenta desafiar os conceitos internacionais sobre o papel das mulheres nos Estados islâmicos ao substituir o rosto das mulheres por panelas e tachos.




Na serie Qajar, Ghadirian pediu a amigas para posarem com antigos trajes Iranianos do século XIX, fotografou-as em modo sépia com objectos recentes como latas de Pepsi ou rádios ,onde metaforicamente, desafia a emancipação da mulher face á adversidade política e social do Irão.





A seguir e para reflectir!


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Cemetery Gates

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O que fazer com as capelas e igrejas que estão cada vez mais e mais vazias de fiéis?
Como aproveitar a fabulosa acústica com que algumas delas nos presenteiam?

A Pitchfork:TV lançou o desafio e St. Vincent foi a primeira a agarrá-lo: um showcase numa capela algures no meio de um cemitério em Brooklyn.

A qualidade do som é tudo o que se poderia esperar da Pitchfork e o cenário... só visto.


St. Vincent é Annie Clark. Em 2003 lançou a EP Ratsliveonnoevilstar, em 2006 a EP Paris IsBurning e em 2007 lançou o seu primeiro álbum, Marry Me (Beggars Banquet Records). A este seguiu-se Actor (4AD) em 2009.

Fiquem também com o single Actor Out of Work, do álbum Actor, ao vivo para as Lake Fever Sessions.




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Gibson Girl

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Embora sempre tenham sido usadas para ilustrar histórias, não se sabe exactamente quando é que as ilustrações de belas e atraentes moças se tornaram independentes dessas mesmas histórias. O certo é que passaram para o imaginário popular e aí ficaram definitivamente impressas.

Talvez uma das primeiras contribuições tenha partido da criação do ilustrador norte-americano Charles Dana Gibson, a Gibson Girl. Embora não seja vista exactamente como uma pin-up, lançou as bases para o género. Há quem argumente que tenha sido a 1ª idealização do ideal de beleza nacional americana. Era geralmente uma mulher provocante (para os padrões do final do séc XIX - início do séc XX), usando um fato-de-banho ou uma túnica, numa atitude relaxada ou desenvolvendo algum tipo de actividade física, e com elevado sentido de estilo. Por vezes era acompanhada de um jovem homem, igualmente bem-parecido.

Várias terão sido as mulheres que pousaram para Gibson, incluindo a sua mulher Irene Langhorne, que se especula ter sido a inspiração para o modelo orginal e cuja imagem deixo.

cheesecake,gibson


Com o rebentar da 1ª Guerra Mundial verificou-se uma alteração nos padrões de moda, em direcção a um visual e atitude mais prático e compatível com o trabalho necessário em tempos de guerra, apresentando vestimentas mais masculinas.



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MATURE

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Erwin Olaf é um fotógrafo Holandês cujo trabalho se caracteriza por uma mistura de fotojornalismo com fotografia de estúdio. Foi com a série Chessmen que em 1988 ganhou o prémio Young European Photographer e se tornou internacionalmente reconhecido.
Já colaborou com marcas tão conceituadas como a Lavazza, a Nokia e a Microsoft, empresas que se identificam com o seu estilo humorístico e sedutor.

Agora com 50 anos, preocupa-o a "ideia de estar a envelhecer e deu consigo a reflectir sobre o verdadeiro significado da maturidade". Daqui até idealizar uma irreverente exposição fotográfica foi um passinho e assim nasceu a série MATURE.

"Inspirado no trabalho do peruano Alberto Vargas, famoso pintor de pin-ups do século XX, o trabalho partiu de um conceito bizarro: Erwin imaginou que estava numa sessão fotográfica com uma jovem pin-up e que a certa altura lhe pedia para ficar na mesma pose enquanto saía para comprar cigarros. O regresso acontecia 40 anos depois."

MATURE mostra-nos 10 fotografias de 10 mulheres comuns em 10 poses diferentes inspiradas em 10 modelos de topo. Todas as fotografadas têm mais de 60 anos.



Sugiro uma visita ao site de Erwin Olaf.
Desde séries com miúdos com Trissomia 21, a sessões fotográficas de moda, passando pelo Carnaval,
pela imagética dos anos 70 e até Lady Di em versão Royal Blood, tudo é tema potencial para Erwin Olaf.
Vale a pena a espreitadela.

In Sábado.


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E

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Foto: LoLa Rosso


Humm?


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em círculos pelo quarto. a sós.

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Fever Ray tem um novo vídeo para o single Triangle Walks.
Diz a Stereogum acerca do mesmo: It's more impressionistic than the past clips -- like the lyrics suggest, leaving you with that feeling you might get when there's no one else awake.

Concordo plenamente com esta interpretação tendo em conta o ambiente solitário criado no videoclip.
Vejam e comprovem.


Triangle Walks faz parte do álbum de estreia a solo de Karin Dreijer Andersson, e foi dirigido por Mikel Cee Karlsson.


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não somos uns emigras quaisquer

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Há conversas no mundo que não deveriam nunca morrer.
Não quero com isto dizer que não deveriam acabar. apenas que não deveriam ser esquecidas, ou no mínimo, deveriam ser dadas a conhecer ao mundo.
seja pelo conteúdo. pela comicidade. ou por qualquer outra razão que agora vos venha à memória.

Decidi reproduzir, não na íntegra porque nem tudo vos interessa, uma parte de uma conversa que tive com um amigo que actualmente trabalha em La France. De notar que isto é uma conversa num qualquer chat da internet. Chamar-lhe-ei X e espero que ele não se importe, uma vez que não lhe pedi autorização.
----------------------XX---------------------

[...]
X: eu cada vez mais me convenço que os "problemas" dos luso-portugueses de cà nada têm a ver com a emigração. foi a minha revelação da semana passada.
tive que ir ao consulado e pensei MUITO nisto. 4 horas à espera e tal

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e então é o seguinte
não é a emigração que faz esta parolada e não é a emigração que nos altera. somos burros em portugal e somos burros cà
70% da nossa população é analfabeta funcional
...
hà muita gente que não o sabe e que acha que os portugueses de cà são especiais pq são "uns parolos".
chateia-me o estereotipo da emigração.
a cena da cabeça dos "emigrantes de luxo" que julgam os outros como "de segunda"
e tava a olhar para as pessoas no consulado e a ver a diferença

me: descobriste poucas, foi?

X: nenhumas. todas as pessoas que ali estavam achavam que a pessoa do lado era parola e era "um emigra de merda"
o que me levou a concluir que nenhuma delas era "um emigra de merda" e que eramos todos portugueses
levantei-me, cantei o hino
e uma velha mandou-me arretar, que tavam a dar as noivas de sto antonio na RTPi

me: e tu arretaste?

X: bien surt

me: muito bem comportado. em portugal e no mundo.

X: a parte das noivas é verdade e a velha a mandar as pessoas fermarem a guela que queria ouvir também.
sabes quantas pessoas foram atendidas à minha frente? em 4 horas? para tirar o passaporte? com 2 guichets abertos sò para isso?
6, juro.
tens passaporte dos novos?
dos biometriconights?

me: desde os meus 5 anos q na tiro passaporte. ainda não saí da europa.
[tenho q ir. trabalho.. beijos]

X: vou-te explicar o pq da demora
depois lês. BEIJOS
[ora, agora que não estàs aqui a controlar, posso usar caralhadas
ahahahah
caralhadas]
para assinar o passaporte, usa-se uma maquininha catita
com um touch-pad catita
e uma caneta mágica e escreves nesse touch-pad e aparece no ecrã.
catita, não?
eu curti. os analfabetos funcionais não.
não dava. era demais
os senhores do consulado tinham um sistema em que colavam um papel com fitacola em cima do touch-pad para as pessoas lerem o que escreviam no papel
para ser menos confuso
não dava. ficavam a olhar para o ecrã
escreviam fora do quadradinho
era engraçado.
faz falta uma loja do cidadão aqui

bem, jà te entediei o suficiente
respeitosos beijos
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Os meus também respeitosos beijos deste cantinho da Europa onde estão os restantes 69% de analfabetos funcionais.
saudades.


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