4 de Julho
15 anos ZDB
Museu de História Natural e Galeria ZDB
Lisboa
4 de Julho. Dia da Independência lá nos Estates, dia de anos da Lilinha e do Filipe (Muitos Parabéns aos dois!) e aniversário da ZDB.
1. Os Estates eram muito longe;
2. não sei se o Filipe fez festa;
3. a Lilinha já sabe o quão desnaturada eu sou, mas o quanto eu a adoro;
4. os 15 anos da ZDB prometiam e cumpriram.
A festa estava marcada para as 19h no exterior do Museu de História Natural. O melhor dos cenários para um final de tarde calorento.
Sombra, sombra, sombra e crianças, crianças, crianças. Nenhuma das duas é comum em Portugal, num evento desta Natureza, daí que o horário e o local não poderiam ter sido melhor escolhidos.
Foto: Vera Marmelo
Esperávamos os Sun Araw, mas foram os Guiné All Stars a abrir as hostes. Já fazem parte da casa e o público aderiu. Uma anquinha para aqui, outra para ali, miúdos aos pinchos e a sorrir de felicidade e tudo a cantar Ça c'est bon!
"Guineenses lisboetas, representantes por direito próprio de uma das diásporas africanas musicalmente mais ricas, Kimi Djabaté, Maio Coopé, N’ Dará Sumano, Braima Galissá, Sadjo, Gelajo Sane e Renato LEVARAM a magia gumbé e griot ao Museu Nacional de História Natural"(ZDB).
Ça foi muito bom. O concerto terminou com Kimi Djabaté e N'Dara Sumano no palco a condenarem a poligamia tão comum nos povos Africanos: Si tu pleures, c'est pas bon! Nós por aqui concordamos plenamente.
As alterações de última hora obrigaram a que os restantes concertos passassem para a Galeria Zé Dos Bois. Medo! Como iria caber aquela gente toda na ZDB? Não sei como fizeram o milagre, mas ele aconteceu. Um pouco abafado, é certo; com muita gente no terraço, mas a coisa deu-se.
Entre bebidas e conversetas não estive muito atenta a Sun Araw, mas nunca poderia perder Pocahaunted.
O nome, Pocahaunted, não vem por acaso. Os cânticos de Amanda Brown e Diva Dompe trazem os nativos americanos no imaginário; a música drone eleva-nos o espírito e deixa-o a vaguear; a pitada de dub e funk a baixas rotações dá-nos o ritmo de grupo: a tribo estava ali para os ouvir.
No concerto, dizia-me um amigo que eles ao vivo estavam "mais rock". Na altura não concordei, não era assim que eu o estava a sentir, mas percebo o que quis dizer: as músicas estavam de facto mais curtas em detrimento de um ambiente mais hipnótico.
A medir por uma sala que neste último concerto já só estava a meio gás, encurtar as músicas foi provavelmente a melhor opção.
Diz que esta foi a primeira noite de festejos.
Aguardamos pelas próximas.
15 anos ZDB
Museu de História Natural e Galeria ZDB
Lisboa
4 de Julho. Dia da Independência lá nos Estates, dia de anos da Lilinha e do Filipe (Muitos Parabéns aos dois!) e aniversário da ZDB.
1. Os Estates eram muito longe;
2. não sei se o Filipe fez festa;
3. a Lilinha já sabe o quão desnaturada eu sou, mas o quanto eu a adoro;
4. os 15 anos da ZDB prometiam e cumpriram.
A festa estava marcada para as 19h no exterior do Museu de História Natural. O melhor dos cenários para um final de tarde calorento.
Sombra, sombra, sombra e crianças, crianças, crianças. Nenhuma das duas é comum em Portugal, num evento desta Natureza, daí que o horário e o local não poderiam ter sido melhor escolhidos.
Foto: Vera Marmelo
Esperávamos os Sun Araw, mas foram os Guiné All Stars a abrir as hostes. Já fazem parte da casa e o público aderiu. Uma anquinha para aqui, outra para ali, miúdos aos pinchos e a sorrir de felicidade e tudo a cantar Ça c'est bon!
"Guineenses lisboetas, representantes por direito próprio de uma das diásporas africanas musicalmente mais ricas, Kimi Djabaté, Maio Coopé, N’ Dará Sumano, Braima Galissá, Sadjo, Gelajo Sane e Renato LEVARAM a magia gumbé e griot ao Museu Nacional de História Natural"(ZDB).
Ça foi muito bom. O concerto terminou com Kimi Djabaté e N'Dara Sumano no palco a condenarem a poligamia tão comum nos povos Africanos: Si tu pleures, c'est pas bon! Nós por aqui concordamos plenamente.
Guiné All Stars
Os trocadilhos de última hora também levaram os Konono nº1 ao palco bem mais cedo do que se estava à espera. Foi pena, pois a ideia de acabar a noite em tom primaveril, ao som dos Konono nº1, não era nada de se deitar fora.
Têm já 25 anos de vida, editam desde 1978, mas para o bem e para o mal não são comandados por nenhuma máquina comercialóide e só em 2005 chegaram ao público Ocidental, com Congotronics, e no sábado apresentaram-se pela primeira vez em Lisboa.
No Museu de História Natural (será uma ironia?) todos partilhamos da "força criativa que guia esta gente"(ZDB). A noite já tinha caído, o palco estava a média luz e eu tentava acompanhar os movimentos corporais de Pauline Nsiala Mbuka. Missão impossível. Nunca a minha cintura me vai obedecer daquela forma.
Menos dificil era deixar-me "hipnotizar pelo poliritmo que os caracteriza"(ZDB). Os Konono nº1 reinventam a música tradicional da etnia Bazombo, da República Democrática do Congo, com "likembes electrónicos e percussão diversa maioritariamente construídos e amplificados a partir de velhas peças de automóveis e outros apetrechos similares resgatados do ferro-velho e posteriormente modificados"(ZDB).
Pura festa.
Têm já 25 anos de vida, editam desde 1978, mas para o bem e para o mal não são comandados por nenhuma máquina comercialóide e só em 2005 chegaram ao público Ocidental, com Congotronics, e no sábado apresentaram-se pela primeira vez em Lisboa.
No Museu de História Natural (será uma ironia?) todos partilhamos da "força criativa que guia esta gente"(ZDB). A noite já tinha caído, o palco estava a média luz e eu tentava acompanhar os movimentos corporais de Pauline Nsiala Mbuka. Missão impossível. Nunca a minha cintura me vai obedecer daquela forma.
Menos dificil era deixar-me "hipnotizar pelo poliritmo que os caracteriza"(ZDB). Os Konono nº1 reinventam a música tradicional da etnia Bazombo, da República Democrática do Congo, com "likembes electrónicos e percussão diversa maioritariamente construídos e amplificados a partir de velhas peças de automóveis e outros apetrechos similares resgatados do ferro-velho e posteriormente modificados"(ZDB).
Pura festa.
As alterações de última hora obrigaram a que os restantes concertos passassem para a Galeria Zé Dos Bois. Medo! Como iria caber aquela gente toda na ZDB? Não sei como fizeram o milagre, mas ele aconteceu. Um pouco abafado, é certo; com muita gente no terraço, mas a coisa deu-se.
Entre bebidas e conversetas não estive muito atenta a Sun Araw, mas nunca poderia perder Pocahaunted.
O nome, Pocahaunted, não vem por acaso. Os cânticos de Amanda Brown e Diva Dompe trazem os nativos americanos no imaginário; a música drone eleva-nos o espírito e deixa-o a vaguear; a pitada de dub e funk a baixas rotações dá-nos o ritmo de grupo: a tribo estava ali para os ouvir.
No concerto, dizia-me um amigo que eles ao vivo estavam "mais rock". Na altura não concordei, não era assim que eu o estava a sentir, mas percebo o que quis dizer: as músicas estavam de facto mais curtas em detrimento de um ambiente mais hipnótico.
A medir por uma sala que neste último concerto já só estava a meio gás, encurtar as músicas foi provavelmente a melhor opção.
Foto: cali. Pocahaunted (standup neon commune)
Diz que esta foi a primeira noite de festejos.
Aguardamos pelas próximas.
4 bailaricos:
tá tudo dito!
enorme festarola que a zdb nos deu!
parabéns à Lilita!
weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
e dia da rainha santa.
e o que é que é um nativo americano?
é verdade, deixa-me ir ouvir Pocahaunted outra vez, agora com mais atenção! :)
Muito bem comemorados, estes 15 anos, foi uma bela festa e em excelente companhia! :)
Enviar um comentário